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História e Características do Vinho da Madeira

História e Características do Vinho da Madeira

O Vinho da Madeira é um vinho fortificado (ou generoso), com um alto teor alcoólico. Como o próprio nome diz, este vinho é produzido na Ilha da Madeira, em Portugal. A Madeira apresenta um clima subtropical e os solos são de origem vulcânica.

Vinho da Madeira

 

História do Vinho da Madeira

Como o nome indica, o vinho provém da ilha da Madeira, em Portugal.

No século XVIII, a produção do açúcar e do vinho pertencia aos ingleses que viviam no Funchal. No entanto, no ano de 1852, 90% das vinhas foram destruídas por uma epidemia de mangra o que fez com que setenta estabelecimentos ingleses abandonassem a ilha. Vinte anos depois, o que tinha sobrado das vinhas foi destruído pela filoxera. No início do século XX, o vinho da Madeira foi restabelecido, e no ano 1979 foi criado o Instituto do Vinho da Madeira, em que o maior objetivo era dirigir e controlar toda a produção do vinho, de maneira a receber um selo de qualidade oficial.

O vinho da Madeira é hoje em dia apreciado mundialmente. Foi usado para celebrar a Independência dos EUA a 4 de Julho de 1776, elogiado também por Shakespeare em algumas peças e admirado por reis e príncipes.

Existem diferentes tipos de Vinho da Madeira:

  • Sem indicação de idade e de casta
  • Com indicação de idade associada ou não à casta: 5 anos; 10 anos; 15 anos; 20 anos; 30 anos; 40 anos; mais de 50 anos
  • Ano de colheita: Colheita ou Garrafeira

 

Vinho da Madeira

 

Castas do Vinho da Madeira

Existem mais de 30 castas para produzir Vinho da Madeira, mas as mais usadas são a Sercial, Boal, Verdelho e Malvasia. A Sercial e a Verdelho dão um resultado de vinho mais seco e, para vinhos mais doces, o ideal é a casta Boal ou a casta Malvasia.

 

Processo de Vinificação do vinho da Madeira

Nas adegas da Ilha da Madeira é feita uma triagem das uvas para avaliação do estado sanitário. Depois de serem pesadas e terem verificado o grau alcoólico, é feita a seleção do tipo de uvas de acordo com o tipo de vinho que se pretende. Depois dá-se o processo de transformação, onde o mosto resultante da prensagem é sujeito a uma fermentação que pode ser parcial ou total.

Mais tarde, faz-se o processo de fortificação que consiste na paragem da fermentação com a adição de álcool vínico a 96% vol. O momento da interrupção da fermentação depende do grau de doçura que é pretendido para o vinho, sendo que existem quatro tipos: o seco, o meio-seco, o meio-doce e o doce.

Ao finalizar o processo de fortificação, os vinhos podem ser submetidos a dois processos de envelhecimento: estufagem ou canteiro.

  • Estufagem – O vinho é colocado em estufas de aço inoxidável, aquecidas por um sistema de serpentina onde circula água quente por um período superior a 3 meses. Quando a estufagem acaba, o vinho estagia pelo menos 90 dias à temperatura ambiente, sendo que a partir deste momento pode ser colocado em cascos de madeira até ter as condições necessárias para o enólogo acabar o vinho.
  • Canteiro – Estes vinhos são envelhecidos em cascos, nos pisos mais elevados dos armazéns onde as temperaturas são mais altas, no mínimo durante 2 anos. É um envelhecimento oxidativo em casco, o que faz com que o vinho desenvolva características únicas de aromas intensos.

 

Duração do Vinho da Madeira após abertura

Uma garrafa de vinho da Madeira pode aguentar aberta até 3 ou 4 semanas, dentro do frigorífico.

 

Temperatura ideal para beber o Vinho da Madeira

A temperatura ideal para beber o vinho da Madeira, de maneira a que não perca as suas propriedades, é entre 10º e 14ºC.

 

Harmonização com a comida

O vinho da Madeira, graças à sua complexidade de aromas, pode ser consumido a qualquer hora do dia ou da noite. De acordo com a casta que o vinho é feito, pode ser combinado com diferentes tipos de comida:

Sercial – é perfeito como aperitivo, acompanha muito bem azeitonas, amêndoas torradas, canapés de caviar ou salmão fumado.

Verdelho – de cor dourada, é ótimo como aperitivo, com amêndoas torradas, frutos secos, cremes com natas e sopa de cebola gratinada.

Boal – é harmonioso com frutos tropicais frescos, frutos secos, bolos e tartes de fruta. É perfeito para acompanhar com queijos de pasta mole e quanto mais envelhecido estiver melhor combina com queijo curado.

Malvasia – combina com bolos de frutos secos, tartes de fruta e bolo de mel, chocolate negro ou de leite.

 

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