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História e Características do Vinho do Porto

História e Características do Vinho do Porto

 

A arte do Vinho do Porto

Vinho do Porto

O vinho do Porto é um vinho licoroso, também chamado de fortificado, produzido na Região Vitivinícola do Porto e Douro. Distingue-se dos outros tipos de vinho devido a várias características, como por exemplo a intensidade de aroma, a intensidade de sabor e o elevado teor alcoólico que contém (normalmente compreendido entre os 19 e 22% vol.).

Ao contrário dos outros tipos de vinhos, o processo de fabrico do vinho do Porto inclui a paragem da fermentação do mosto pela adição de aguardente vínica.

 

A história do Vinho do Porto

O vinho do Porto é produzido exclusivamente na região do Porto e Douro, no Norte de Portugal. Apesar da sua produção ser feita a 100km da cidade do Porto, este deve o seu nome à cidade do Porto uma vez que foi a partir daí que foi exportado para o resto do mundo.

 

Vinho do Porto

Imagem: IVDP

 

Desde o século XVII que as relações entre Portugal e o Reino Unido foram muito importantes para a história deste vinho. Os produtores ingleses de vinho do Porto defendem que a descoberta de agregar Brandy ao vinho, para evitar que este azedasse, foi feita pelos mercadores britânicos. Mas, na verdade, este método já era utilizado pelos portugueses desde os Descobrimentos, com o objetivo de que o vinho não perdesse as suas propriedades nas longas viagens. No entanto, não podemos tirar o mérito ao Reino Unido, uma vez que tornaram possível a internacionalização do vinho do Porto.

Todos os anos, no dia 10 de Setembro, celebra-se o dia do Vinho do Porto e, para celebrar este dia, o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto costuma fazer um pequeno "festival" que conta com provas de vinho, uma sunset party e ainda uma regata de barcos!

 

Os diferentes tipos de Vinho do Porto

 

PORTO VINTAGE

Porto Vintage

 

Considerado o rei dos vinhos do Porto, é um vinho feito num ano especial. O habitual é que seja engarrafado entre o 2º e o 3º ano após colheita. À medida que este vinho envelhece em garrafa, torna-se suave e elegante e vai perdendo a sua adstringência inicial adquirindo um bouquet equilibrado, complexo e distinto.

Nem todos os anos são vintage, só é declarado vintage se a casa de vinho do Porto considerar que a colheita foi excecional e que os vinhos têm potencial de envelhecimento. Normalmente esta decisão é feita na primavera do segundo ano após a vindima, uma vez que nessa altura os vinhos já terão passado por dois invernos fazendo com que o seu potencial possa ser analisado de forma precisa.

Os últimos 10 anos em que o vinho do Porto foi declarado vintage foram os seguintes: 1991, 1992, 1994, 1997, 2000, 2003, 2007, 2011, 2016 e 2017.

 

PORTO LATE BOTTLED VINTAGE

Porto Late bottled Vintage

 

É um vinho muito especial, de grande qualidade. É feito de uma colheita única e são engarrafados entre o 4º e 6º ano depois de serem vinificados. Normalmente é menos encorpado do que um Vintage do mesmo ano, embora seja equilibrado e elegante. Os acompanhamentos ideais são frutos secos, queijos de cabra frescos (como o Sainte-Maure), queijos fortes (como o Crottin de Chavignol, chévre ou algum picante) ou um bom prato de caça.

Os LBV devem ser armazenados com a garrafa deitada em locais frios e escuros (15ºC aproximadamente), para permitir que a rolha se mantenha húmida o tempo todo.

 

PORTO RUBY

Porto Ruby

 

O vinho do Porto Ruby estagia em grandes balseiros de madeira de carvalho e é feito a partir de vários lotes. São vinhos em que se procura manter a evolução da sua cor tinta intensa e manter o aroma frutado. São vinhos doces, sem o corpo de um LBV ou de um Vintage, no entanto, têm aromas a frutos vermelhos.

 

PORTO TAWNY

Porto Tawny

 

Os Portos Tawny trazem características de evolução e oxidação que vão desde a tonalidade, que é mais clara, aos aromas que se destacam frutas secas. São feitos a partir de lotações de vinhos, normalmente com uma idade média de três anos. O processo de envelhecimento é feito em cascos de madeira avinhada e, deste modo, não apresentam as características do envelhecimento em carvalho. É no processo de envelhecimento que se efetuam muitas trasfegas para forçar o processo de oxidação e fazer com que o vinho tenha uma cor mais dourada.

A grande diferença entre o Ruby e o Tawny é o tipo de envelhecimento. O Ruby passa pela madeira poucos anos e logo depois é engarrafado; no Porto Tawny, por outro lado, o produtor troca o vinho entre várias barricas expondo o líquido ao oxigénio durante o processo. Uma vez que o Ruby foi engarrafado muito cedo, e não teve nenhum contacto com o oxigénio, acaba por evoluir dentro da garrafa, já o Tawny esteve em contacto com o oxigénio, ou seja, no momento em que o vinho é engarrafado já está pronto a ser consumido.

 

PORTO COLHEITA

Porto Colheita

 

Dentro dos Portos Tawny, temos os Colheita. São vinhos de lote de diferentes parcelas mas de um só ano. São envelhecidos em cascos por um período mínimo de sete anos, criando vinhos com amplitudes de cor que vão do tinto alourado ao alourado, dependendo da idade.

Os Colheita são de evolução lenta, de evaporação contínua. Por beneficiarem de um estágio tão prolongado em pipas de madeira velha, vão gradualmente perdendo a cor, adquirindo aromas terciários de frutos secos e especiarias, ampliando a doçura, proporcionando vinhos ainda mais complexos, untuosos e suaves.

 

PORTO BRANCO

Porto Branco

 

É feito através de uvas brancas, com ou sem maceração. Normalmente são produzidos a partir de uma mistura de castas, podendo ser secos ou doces. Apresentam-se de várias formas, nomeadamente associados a períodos de envelhecimento mais ou menos prolongados e diferentes graus de doçura.

O engarrafamento do Vinho do Porto branco ocorre entre o 1º e 2º ano. Num estilo jovem tem aromas mais florais e cítricos, já os estilos mais envelhecidos têm aromas a mel, baunilha e caramelo.

 

PORTO ROSÉ

Porto Rosé

 

O Porto Rosé um vinho do Porto fresco, suave e bastante versátil. A sua cor é obtida por maceração pouco intensa de uvas tintas e em que não se promovem fenómenos de oxidação durante a sua conservação.

É uma excelente opção para os finais de tarde de verão. Serve-se idealmente frio ou com gelo, e pode ser acompanhado por frutos secos, um doce ou uma tarte de frutos vermelhos. É aconselhável também com saladas ou peixes.

 

As castas do Vinho do Porto

O vinho do Porto é feito através de inúmeras castas. No entanto todas as uvas usadas para a sua produção são da região do Porto e Douro.

O vinho do Porto Tinto ou Rosé, é feito normalmente através destas castas: Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Barroca, Tinta Roriz e Tinto Cão. Por outro lado, o vinho do Porto Branco é feito através de: Gouveio, Malvasia Fina, Moscatel Galego, Rabigato e Viosinho.

 

Duração do Vinho do Porto após abertura

Para manter a qualidade, o sabor, e todas as propriedades do vinho do Porto, é muito importante saber quanto tempo aguenta aberta cada garrafa, uma vez que esta duração é diferente para cada tipo de vinho. A duração dos vinhos após a sua abertura é a seguinte:

Porto Vintage – de 1 a 2 dias
Porto Ruby e Porto Branco – de 8 a 10 dias
Porto Tawny – 3 a 4 semanas
Porto Colheita – 1 a 4 semanas
Porto Rosé – 2 a 4 semanas
Porto Late Bottled Vintage – 4 a 5 dias

 

Temperatura ideal para beber o Vinho do Porto

Então e a temperatura a que devem ser consumidos os vinhos do Porto? Nunca nos perguntamos isto, e é realmente importante, uma vez que a temperatura pode mudar completamente o sabor do vinho. A temperatura a que devem ser consumidos é a seguinte:

Porto Vintage – de 16 a 18ºC
Porto Ruby – de 12 a 16ºC
Porto Tawny e Porto Colheita – de 10 a 14ºC
Porto Branco – de 6 a 10ºC
Porto Rosé – 4ºC
Porto Late Bottled Vintage – de 17 a 18ºC

 

Harmonização com o Vinho do Porto

Juntar o vinho com a comida nem sempre é uma tarefa fácil e, quando falamos do vinho do Porto, é mais difícil ainda. É um vinho muito especial e o que menos queremos é perder o sabor do mesmo ao comermos qualquer tipo de alimento.

  • Como aperitivo –Se é fã de beber algo antes da refeição então vai adorar um Vinho do Porto nesses momentos. Os Portos Brancos são uma excelente escolha para este tipo de situação, são muito refrescantes e não são pesados. Pode ainda acompanhá-lo com umas azeitonas, castanhas ou amêndoas torradas.
  • À mesa – A grande parte das pessoas opta por beber durante a refeição um vinho maduro ou então um vinho verde. Mas o vinho do Porto é também ideal para acompanhar a comida. Uma boa escolha para acompanhar uma refeição são os LBV, ou também pode misturar o forte sabor das carnes de caça com um bom Ruby.
  • Na receita – Podem acreditar que há muitos chefes de cozinha capazes de retirar um Porto Vintage de um pedestal e usá-lo na cozinha. Um bom Ruby também nunca desilude!
    Existem duas formas de utilizar um vinho do Porto na cozinha: à paisana ou como ingrediente principal. Regar um bom e intenso molho de carnes assadas ou também pratos de caça é uma boa opção, vai ficar delicioso e ninguém se vai aperceber de que o segredo é o Vinho do Porto.
  • Na sobremesa – Para acompanhar sobremesas feitas com amêndoas, nozes, café ou com sabor a caramelo, é ideal um vinho do Porto envelhecido em madeira. Os Tawny são um ótimo exemplo para combinar com arroz doce e rabanadas. E os LBV são ideais para beber com um doce de chocolate ou frutos vermelhos.
  • Para acompanhar com queijo – Os vinhos do Porto LBV são uma excelente opção para juntar com queijos igualmente intensos de pasta mole, queijos portugueses e azuis. Outra ótima combinação é um Porto Vintage com Queijo da Serra.

 

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