História e Características do Vinho Fortificado

Os vinhos fortificados são vinhos que se destacam pelo nível de álcool que provém de mostos cuja fermentação foi interrompida por aguardente vínica. Distinguem-se porque têm uma elevada doçura e um alto teor alcoólico (até 22% em volume, mas normalmente estão entre os 18 e 20%), o que exige ao mesmo tempo uma presença de ácidos para garantir um equilíbrio de sabor.

A História do Vinho Fortificado

No início, a fortificação do vinho servia para ajudar a armazenar os mesmos nos navios durante as longas viagens, que iam desde onde eram produzidos até o destino final, que normalmente era a Inglaterra.

É importante realçar que a fortificação do vinho ajuda a aumentar a graduação do álcool no vinho, mas também produz um conjunto de alterações sensoriais muito importantes.

Características do Vinho Fortificado

Existem vários vinhos fortificados conhecidos mundialmente. Em Portugal existe o Vinho do Porto, o Vinho da Madeira, o Moscatel de Setúbal e o vinho Carcavelos. Em Itália o clássico Marsala, que foi criado no século XVIII.

• Carcavelos – Carcavelos é o nome de uma pequena região demarcada de Portugal. Este tipo de vinho fortificado, lá produzido, resulta do loteamento de vinho abafado com vinho seco. São feitos em bica aberta. Este tipo de vinho fortificado corre sérios riscos de extinção.
• Madeira – produzido na Ilha da Madeira, em Portugal. Varia em grau de doçura e graduação alcoólica de acordo com a casta que foi usada na sua produção.
• Moscatel – produzido na Península de Setúbal, em Portugal. Obtido através da casta Moscatel ou Moscatel Roxo. Tem uma cor dourada e a nível de aromas revela odores florais e frutados.
• Porto – produzido na Região do Porto e Douro, no norte de Portugal. Possui um teor alcoólico elevado (19 a 22%), numa vasta gama de doçuras e grande diversidade de cores.
• Marsala – é uma especialidade italiana originária da região sul do país. É classificado pela cor e idade, com variedades doces e secas.
• Jerez – produzido, como o próprio nome indica, em Jerez de la Frontera, em Espanha. Podem ser totalmente secos, totalmente doces ou totalmente oxidados.

Para criar este néctar tão especial é usado um vinho base, que pode ser fortificado através de dois métodos: adicionando álcool ao mosto antes ou depois da fermentação, ou interrompendo a fermentação para adicionar álcool. O mais comum é adicionar a mistura alcoólica durante o processo de fermentação. Neste caso, o álcool pode ser etílico, aguardente ou álcool vínico oriundo de outros vinhos.

Durabilidade do Vinho Fortificado depois de aberto

Depois de abrirmos uma garrafa de vinho fortificado, o ideal é bebê-la no momento, uma vez que perde as suas características rapidamente. Quanto mais antigo for, mais sensível será ao oxigénio do ar.

Todas as garrafas abertas de vinho fortificado devem ser guardadas no frigorífico em posição vertical.

Castas mais usadas no Vinho Fortificado

É difícil dizer ao certo quais são as castas usadas para fazer este tipo de vinho uma vez que são produzidos através de várias castas.

Os fortificados mais simples de se caracterizar através das castas são o Moscatel, pois como o próprio nome indica é feito através das castas Moscatel Roxo ou Moscatel. O vinho da Madeira é normalmente produzido com as castas Malvasia, Sercial, Boal e Tinta Negra.

Temperatura ideal para beber o Vinho Fortificado

A temperatura ideal para beber um vinho fortificado é entre 16ºC e 20ºC.

Harmonização com a comida

Combinar um vinho fortificado com alimentos nem sempre é fácil porque depende muito do tipo de vinho que estamos a beber. Geralmente são bebidos como aperitivo ou como sobremesa. Alguns tipos de queijo, nozes, tortas de frutas ou até mesmo algumas sobremesas à base de creme ou chocolate são ótimos parceiros para acompanhar com um vinho fortificado.

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