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Região Vitivinícola da Beira Interior

Região Vitivinícola da Beira Interior

A região vitivinícola da Beira Interior está situada no coração do interior do país, na região mais montanhosa de Portugal Continental. Tem um passado histórico vitivinícola que remonta à fundação da nacionalidade portuguesa, tem cerca de 16 000 hectares de vinhas e uma grande variedade de castas.

A Denominação de Origem Beira Interior foi criada a 2 de Novembro de 1999. Nos últimos anos, tem-se dado uma grande evolução relativa ao aumento do número de produtores e à qualidade dos vinhos. É uma região que se quer afirmar como uma região de excelência e qualidade na produção de vinhos.

 

Região Vitivinicola da Beira Interior

Imagem: Agronegócios

 

Sub-Regiões da Região Vitivinícola da Beira Interior

Esta região está dividida em três sub-regiões: Castelo Rodrigo, Pinhel e Cova da Beira, e dentro de cada uma das sub-regiões são plantadas diferentes castas.

 

Tipos de vinhos e castas da Região Vitivinícola da Beira Interior

Nesta região são produzidos vinhos tintos herbáceos e florais, ricos e firmes, a partir de castas nacionais como a Touriga Nacional e a Rufete, no entanto, muitas vezes são complementados com castas internacionais como a Syrah, a Merlot e a Cabernet Sauvignon. Já os vinhos brancos são bem mais frescos do que no sul de Portugal, normalmente com notas de citrinos e flores silvestres que são bons jovens e que ganham complexidade ao longo do tempo.
As castas brancas predominantes são a Arinto, a Fonte Cal, a Fernão Pires e a Síria, e nas tintas prevalecem o Rufete, Tinta Roriz e Touriga Nacional, com presença regular de vinhas muito velhas.

Em Castelo Rodrigo nas castas tintas predominam as seguintes: Aragonez, Bastardo, Marufo, Rufete, Touriga Nacional, Baga, Tinta Carvalha, Pilongo e Trincadeira. E nas brancas a Malvasia Fina, Síria, Tamarez, Bical, Arinto (Pedernã), Malvasia Rei, Rabo de Ovelha e Vital.

Na sub-região de Pinhel são plantadas principalmente as castas tintas Bastardo, Marufo, Rufete, Touriga Nacional, Baga, Tinta Carvalha, Pilongo e Trincadeira. E as brancas Bical, Arinto, Fonte Cal, Malvasia Fina, Malvasia Rei, Rabo de Ovelha, Síria e Tamarez.

Por fim, na Cova da Beira as castas tintas que predominam são Aragonez, Baga, Bastardo, Jaen, Marufo, Moreto, Castelão, Rufete, Tinta Carvalha, Touriga Nacional, Trincadeira e Alfrocheiro. E nas brancas, Alicante Branco, Arinto, Bical, Fonte Cal, Malvasia Fina, Malvasia Rei, Rabo de Ovelha e Síria e Tamarez.

 

Terroir da Região Vitivinícola da Beira Interior

O clima desta região revela uma influência continental extremada, com grandes variações de temperatura, verões curtos, quentes e secos e invernos prolongados e muito frios.
No que diz respeito aos solos, estes são maioritariamente de natureza granítica, com alguma presença de xistos e embora não seja muito comum, existe alguma presença arenosa.
Nas sub-regiões de Castelo de Rodrigo e Pinhel existe o mesmo terroir, apesar de estarem separadas por montanhas com picos de mais de mil metros de altitude. Já a Cova da Beira expressa características diferentes, tendo solos próprios de proximidade de serras graníticas, como a Estrela e Gardunha.
A Serra da Estrela é muito importante no contexto desta região vitivinícola. É a serra mais alta de Portugal Continental, uma característica muito marcante que dá à Beira Interior um clima mais continental do que na região do Dão, mais a oeste e para lá das montanhas.

 

Região Vitivinicola da Beira Interior

Imagem: Quinta do Cardo

 

Harmonização dos vinhos da Beira Interior com a comida

Os vinhos tintos da região da Beira Interior, sendo eles vinhos de sabor e aroma marcantes, acompanham bem os molhos feitos para carnes vermelhas, como o clássico bolonhesa. Como a carne confere suculência e um pouco de gordura ao prato, um tinto mais concentrado ajuda a limpar o paladar.
Os seus vinhos brancos são leves e frescos, como já referimos. O ideal é serem bebidos jovens e acompanham bem saladas, pratos de peixe ou marisco e podem também ser bebidos como aperitivo. Outra boa opção para acompanhar os brancos é também o molho pesto que é feito tradicionalmente à base de manjericão fresco, pinoli, pecorino e azeite. Por ter uma combinação de sabores tão característicos, nada melhor do que vinhos brancos frescos e leves, mas que tenham perfume suficiente para suportar a presença das ervas.