Localizada no coração de Portugal, a Região do Tejo é uma das mais antigas regiões do país a produzir vinho.
As fronteiras da região são delimitadas por Tomar, Ferreira do Zêzere, Sardoal e Mação, a Norte; Abrantes, Chamusca, Alpiarça e Almeirim, a Este; Torres Novas, Alcanena, Rio Maior, Cartaxo e Azambuja, a Oeste; Coruche e Benavente, a Sul.
A região é composta por um total de 17 mil hectares, que produzem anualmente cerca de 650 mil hectolitros de vinho, o que representa cerca de 10% do total nacional. Destes 650 mil, são certificados cerca de 110 mil hectolitros, dos quais 90% são vinhos com Indicação Geográfica Protegida (IGP) e 10% são vinhos com Denominação de Origem Controlada (DOC).
Imagem: CVRTejo - Vinhos do Tejo
Tipos de vinhos e castas da Região Vitivinícola do Tejo
As castas tintas mais plantadas na região do Tejo são a Touriga Nacional, Trincadeira, Castelão, Syrah, Cabernet Sauvignon e Aragonês. Nas castas brancas, a mais plantada é a Fernão Pires, no entanto, as castas Arinto, Alvarinho, Chardonnay e Sauvignon Blanc também são muito importantes para a região.
Na região do Tejo, os vinhos tintos estão historicamente associados a várias castas nacionais e mais recentemente à conjugação destas com castas internacionais. Os vinhos brancos são vinhos muito diversificados, com uma paleta de aromas que vai do rico e floral Fernão Pires ao fresco e aromático Arinto.
Terroir da Região Vitivinícola do Tejo
Na Região do Tejo o clima é mediterrânico, no entanto sofre a influência do rio Tejo, o que faz com que as estações do ano sejam mais amenas.
Nos anos mais recentes, em que as prioridades dos produtores mudaram de quantidade de vinho para qualidade de vinho, as novas plantações de vinha na região do Tejo têm-se concentrado nas áreas mais altas e secas: a Charneca e Bairro. A Charneca é uma zona de produção (terroir) na Região do Tejo que fica a sudeste do rio e é mais quente e seca do que o resto da região do Tejo. Já a norte e a leste do rio, os planaltos são conhecidos como “O Bairro”, outro tipo de terroir, onde alternam planícies e colinas que se estendem até ao sopé das montanhas da Serra de Aire e Serra dos Candeeiros.
Os solos variam consoante a proximidade do rio, existindo quatro tipos: os solos argilo calcáreos, dispostos em campos mais irregulares, onde as montanhas se alternam com planícies, chegando até à fronteira norte da região. Aqui a vinha e o olival dominam. Os solos xistosos, principalmente no norte, numa pequena área perto de Tomar. Os solos aluviais, nas margens do rio. E os solos arenosos, nas margens sul do rio.
Imagem: Intermarché
Harmonização dos vinhos do Tejo com a comida
Os vinhos tintos da região do Tejo são jovens e aromáticos, pelo que o ideal é acompanhá-los com carnes brancas, pizzas de frango ou massas com molhos suaves.
Já os vinhos brancos desta região, devido ao facto de serem leves, podem ser consumidos em várias ocasiões. Podem ser bebidos como aperitivo, com saladas, pratos de peixe no forno ou marisco.