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Região Vitivinícola do Vinho Verde

Região Vitivinícola do Vinho Verde

A região do Vinho Verde situa-se a noroeste de Portugal, tendo como limites a Norte o rio Minho, a Sul o rio Douro e a Leste as serras da Peneda, Gerês, Cabreira e Marão, e a Oeste o Oceano Atlântico. Região demarcada a 18 de Setembro de 1908, é a maior área portuguesa demarcada e uma das maiores da Europa. Representa 15% do total da área vitícola nacional.

 

Região Vitivinícola Vinho Verde

Imagem: vinhoverde.pt

 

Sub-Regiões da Região Vitivinícola do Vinho Verde

A região do Vinho Verde está dividida em 9 sub-regiões:

  • Amarante: localizada no interior, a sub-região de Amarante está protegida da influência do Atlântico e a uma altitude média elevada, o que significa que as amplitudes térmicas são superiores à média da região, e o Verão é mais quente. O solo é granítico, como a maior parte da região. Os vinhos brancos normalmente têm aromas frutados, no entanto é dos vinhos tintos que vem a fama desta sub-região.
  • Ave: a vinha está plantada um pouco por toda a bacia hidrográfica do rio Ave, numa zona de relevo irregular, o que faz com que esteja exposta a ventos marítimos. O clima é caracterizado por baixas amplitudes térmicas e índices médios de precipitação. Esta sub-região é conhecida acima de tudo por ter uma produção de vinhos brancos com uma frescura viva e notas florais e de fruta citrina.
  • Baião: situada no interior da região do Vinho Verde, a uma altitude intermédia. Estas condições criam um clima menos temperado, com um Inverno mais frio e menos chuvoso e um Verão mais quente e seco. Esta sub-região é famosa pela produção de vinhos brancos de grande notoriedade.
  • Basto: é a sub-região mais interior da região do Vinho Verde, encontrando-se a uma altitude média elevada. O clima no Inverno é frio e muito chuvoso e no Verão é bastante quente e seco, favorecendo castas de maturação tardia. Existe também uma produção de Vinhos Verdes tintos que apresentam uma boca cheia e fresca.
  • Cávado: a vinha nesta sub-região está localizada por toda a bacia hidrográfica do rio, estando bastante exposta aos ventos marítimos e de baixa altitude. Isto faz com que exista um clima ameno, sem grandes amplitudes térmicas. Este tipo de clima é ideal para produção de vinhos brancos. São vinhos com uma acidez moderada e notas de frutos citrinos, de maçã madura e de pêra.
  • Lima: é na sub-região Lima que a precipitação atinge valores mais altos. A altitude em que a vinha está plantada é variável e aumenta do litoral para o interior, onde o relevo também é mais irregular. Além dos solos graníticos, existe uma faixa de solos de origem xistosa. Os vinhos brancos mais afamados desta sub-região são produzidos a partir da casta Loureiro.
  • Monção e Melgaço: possui um microclima muito particular, com Invernos frios e Verões quentes e secos. Os solos são principalmente de origem granítica. Produz exclusivamente as castas Alvarinho e Pedral.
  • Paiva: a par com a sub-região de Lima, encontra-se numa posição intermédia às amplitudes térmicas e temperaturas altas de Verão que existe na maioria da região. Não é das sub-regiões com maior índice de precipitação, daí a que as castas Amaral e Vinhão conseguem atingir estados ótimos de maturação e produzem dos melhores vinhos de toda a região.
  • Sousa: as castas principais são as mais típicas dos locais amenos: Arinto, Loureiro e Trajadura, às quais se juntam o Azal e o Avesso que têm uma maturação mais exigente.

 

Tipos de vinho e castas da Região Vitivinícola do Vinho Verde

As principais castas desta região são brancas: Alvarinho, Arinto, Avesso, Azal, Loureiro e Trajadura. No entanto, também são plantadas três castas tintas: Espadeiro, Padeiro e Vinhão.
Os Vinhos Verdes podem ser classificados ainda em vários tipos:

  • Vinho Verde Branco Jovem: apresentam uma cor citrina, aromas ricos, frutados e florais, dependendo das castas que lhes dão origem. Na boca são harmoniosos, intensos e têm uma grande frescura.
  • Vinho Verde Envelhecido: têm uma cor dourada, com aromas de fruta mais madura como marmelo e mel. Têm complexidade e estrutura.
  • Vinho Verde Rosé: têm uma cor levemente rosada, aromas jovens, frescos a lembrar frutos vermelhos. O sabor é harmonioso, fresco e persistente.
  • Vinho Verde Tinto: têm uma cor vermelha intensa, com destaque para os frutos silvestres. Na boca são frescos e intensos.
  • Espumante de Vinho Verde: têm uma forte complexidade gustativa e uma frescura aromática.

 

Terroir da Região Vitivinícola do Vinho Verde

O Vinho Verde é a maior DOC de Portugal. O clima varia consideravelmente em toda a região, o que se reflete nas nove sub-regiões já mencionadas. Tem influência atlântica, reforçada pela orientação dos vales dos principais rios que facilitam a entrada de ventos marítimos. Mas algumas sub-regiões, por causa do microclima, apresentam características de terroir distintas, o que influencia diretamente o vinho.
As vinhas crescem em solos férteis de granito ao longo dos rios.

 

Região Vitivinícola Vinho Verde

Imagem: Wine Tourism in Portugal

 

Harmonização dos Vinhos Verdes com a comida

No que toca aos Vinhos Verdes leves e frescos, o ideal é serem combinados com uma salada de verão de melão ou camarão, bolachas de queijo ou sushi.
Os vinhos com corpo elegante são ótimos para acompanhar peixe e marisco.
Já os intensos e perfumados, das castas Avesso ou Loureiro, combinam bem com pratos com ingredientes aromáticos e especiarias, como peito de frango com molho de creme de cogumelos, ou risoto de abóbora com camarão assado.
Os vinhos complexos e estruturados, como são os da casta Alvarinho, combinam muito bem com gratinado de lagosta, costeleta de vitela ou codornizes assadas.
Já os vinhos verdes tintos mais fortes, combinam bem com a gastronomia regional, como é o caso das sardinhas assadas, rojões, entre outros.